30 de abril de 2010
de um menino bobo e frágil...
"Eu vejo meu futuro, em bola grande, de cristal: cerzindo roupas velhas-mortas, embaixo de uma goiabeira no quintal. Eu vejo meu futuro, em runas, conchas, tarô: baloiçando-me em cadeira de vime, mãos com cheiro de cebola, óculos redondos como do meu avô. Eu vejo meu futuro porque sou do além-mar, eu vejo meu futuro porque cansei tanto de remar. Quero ser o mesmo pássaro de asa quebrada, a piar."
Felipe Freitag (poeta, pequeno, bobo e frágil)
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