O ar quente que sai da boca nas manhãs ensolaradas de inverno...

hoje fui presenteado com a visita de um grande amigo, querido e estimado, o senhor Leandro, que veio jantar comigo fez a maior bagunça aqui, esse apê fica pequeno quando recebo a visita dele, e ultimamente nao ha melhor companhia. sem falar que ele adora a minha comida (se nao gosta pelo menos ele eh um otimo ator)... fiz aquele frango na maionese que aprendi com a mãe, e ele passou ate por baixo da mesa, juro! vou falar, eu adoro quando ele fica sentadinho no sofa escutando eu falar, falar e falar, de arte, de livros, de musica, de cinema, dos meus planos, de tudo, ele aquele amigo que sempre te escuta com carinho. sem falar que ele eh um palhaço e me faz rir muito. e tem mais, ele vai ser papai! q teu filho seja assim como vc, muito especial.
e alem de tudo isso, ele ainda eh fotografo FICA A DICA (pelo menos aqui no apê) as fotos ai em cima eh coisa dele, todo atrapalhado, mas insubsituivel.

detalhe para foto q estamos na frente de uma tela minha (marketing)
o mosaico foi ele quem montou com fotos de coisas aqui das minhas paredes... meu rosto, fragmento schiele (auto retrato), fragmento madonna litta (da vinci),fragmento olho de salvador Dalí (taschen obra completa), fragmento olho de Picasso (taschen, fotografia de i. penn), fragmento de nú (jp sousa), capa da revista NANU, capa do fashion design (cosac nayfi) e finalmente fragmento de um croqui meu, em aquarela.

a frase que dá título e esse post eh do LÊ, sim, ele ainda tem o dom pra frases soltas que fazem todo o sentido, pra quem consegue sentir...

obrigado mais uma vez pela tua amizade e pela visita, e eh com um fragmento de "a visita" do caio fernando abreu, dedicado a vc, que eu encerro mais um dia. um beijo e uma otima semana a todos...

"..., mas um momento antes de abrir o portão olhar para trás e fosse, então, como se a visse tão diluída que não soubesse se está realmente ali e perguntasse a ela qualquer coisa, em voz tão alta que as pessoas na rua parassem para olhar e eu tivesse certeza de que ela me escuta, que não está sentada junto ao piano, com o chá esfriando na sala escura e roxa, tão alto que a obrigue a voltar-se e encarar-me e dizer duramente que sim, que não, que tudo isso não é verdade, que todos nós, eu, ela, ele, todos os degraus e todas as sombras e todos os retratos fazemos parte de um sonho sonhado por qualquer outra pessoa que não ela, que não ele, que não eu."